Escrevia compulsivamente.
Fazia isso enquanto podia,
enquanto sua sanidade ainda não havia partido. Estava enlouquecendo e sabia.
Escrevia palavras de amor e perdão para a mulher e os filhos. Como era bom ter
para quem escrever, pensava.
Assim, suas mãos ficaram frias, a caligrafia embaraçada, fitava o baixo centro da parede à sua frente com a boca aberta.
Sob a mesa, um pedaço de papel dizia “Não esqueçam de ...”
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