terça-feira, 15 de novembro de 2016

loucura comum



Escrevia compulsivamente. 
Fazia isso enquanto podia, enquanto sua sanidade ainda não havia partido. Estava enlouquecendo e sabia. Escrevia palavras de amor e perdão para a mulher e os filhos. Como era bom ter para quem escrever, pensava.

Assim, suas mãos ficaram frias, a caligrafia embaraçada, fitava o baixo centro da parede à sua frente com a boca aberta.
Sob a mesa, um pedaço de papel dizia “Não esqueçam de ...”

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