segunda-feira, 23 de março de 2015

A Praça


Sentiu-se leve naquele dia, corria ao encontro do que sonhava, da pessoa ao qual queria perto. Era daquelas pessoas que não ligam muito para bens materiais, e que a vida só é boa mesmo quando tem alguém por perto para compartilhar momentos.
Correu, correu e chegou, talvez cedo demais, esperou um pouco, viu que as flores da praça estavam desabrochando, aproximou-se, contemplou-as, deixou que o turbilhão de cores e aromas o invadisse. Sorriu.

O céu estava claro, soube naquele momento quem queria encontrar ali, esperou um pouco mais e um senhor se aproximou. Era seu futuro, e ele que se via sobre outra perspectiva, um sonho talvez, ou apenas um desejo.

Como serei na sua idade ? Perguntou por fim.

Como quiseres ser. Respondeu seu eu mais velho
A vida não é planejável, eu sou hoje uma linha, não reta, que tomou caminhos diferentes e hoje se encontra nesse espaço-tempo. Sempre poderei escolher, mesmo quando parecer que não posso, a vida é mais maleável do que parece, nada é tão certo assim. Esse futuro que você também pode não existir, o que existe de fato é você, e as possibilidades que fazem de você o que você é, e te levam e trazem para onde quiser.

O rapaz se despediu com um abraço do senhor, sentado na praça, olhando as flores, floresceu.

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